Um Lugar Silencioso: Parte II (2021) | Crítica
Diante da barreira da expectativa com uma mistura enorme de azar que as continuações sempre vão carregar dentro de suas narrativas, a segunda parte do tão aclamado ‘Um Lugar Silencioso’ não chega a ser uma surpresa delirante como foi seu antecessor e curiosamente possui deslumbres de originalidade mesmo com todas as limitações que aparecem dentro da história que tenta a todo momento fugir de causar uma impressão de desgaste.
A escolha de continuar diretamente do final do primeiro filme é algo acertado pois não se perde tempo com transições e reflexões desnecessárias que um filme de terror não precisa. Os erros, no entanto, surgem na tela como lembretes de que qualquer coisa pode se estropiar quando tenta correr mais do que as pernas que têm.
Todas as tensões criadas aqui surgem (quase que exclusivamente) de coisas que acabam contradizendo tudo que foi estruturado como cânone da primeira parte. São os mesmos personagens passando pelas mesmas ações e cometendo erros que eles deveriam ter aprendido para não passarem mais por perrengues.
Esteticamente ainda consegue convencer e soar refrescante até para os olhos dos telespectadores mais atentos. Toda a percepção de uma narrativa que se segura só nos sons acaba sendo um ótimo exercício quando estamos rodeados de filmes que se agarram em conceitos pré-estabelecidos e que conseguem resultados confortáveis mas mínimos.
Assistir ‘Um Lugar Silencioso: Parte II’ é uma experiência que no saldo final acaba sendo algo positiva, mas não tem como sair decepcionado com os caminhos fáceis que o roteiro decide seguir. Será que por preguiça? Ou por conveniência? Não sei, mas por falta de escutar sei que não [Risos].
Classificação:
O longa da Paramount Pictures, é escrito e dirigido por John Krasinski, debutando em 22 de julho no Brasil.