Infinito (2021) | Crítica
A nova aposta do mega-diretor Antoine Fuqua (“O Protetor”) é ‘Infinito’ do astro Mark Wahlberg, que pode ser acompanhado exclusivamente no Paramount Plus. Obviamente, que reunindo uma galera muito boa, a “hype” pelo filme era alta, todavia ele não correspondeu ao feito. Apesar de possuir das boas cenas de ação, a produção é ligeiramente problemática e não “decola”, ocasionando certo desconforto ao publico e a crítica.
O longa apresenta uma nova releitura da obra The Reincarnationist Papers, de Eric Maikranz, e conta a história de Evan Michaels (Wahlberg), um jovem atormentado por vozes, informações, flashback’s de vidas passadas que o levam a uma encruzilhada entre facções poderosas, detentoras do poder, os “crentes” e “niilistas”.
O enredo é interessante e até expansível, o perito em longas de ação, o cineasta Antonie Fuqua conseguiu captar a ideia, a essência presente na série de livros, mas ao dar vida ao negócio, a execução foi um tanto grosseira e nada prática, falhando vertiginosamente em cada ato. Enchendo o espectador comum com as muitas informações, regadas à baixa dramaticidade que cabia ali.
Para corroborar com esse argumento, basta observar que normalmente Fuqua consegue desenvolver bem os protagonistas e antagonistas de suas histórias, aprofundando as mazelas, explorando a carga dramática de maneira assertiva, vide o Robert McCall de Denzel Wahington e Dave York (Pedro Pascal) em o “Protetor 2 (2018)”, respectivamente. Mas em ‘Infinito’, nada disso foi possível. Fuqua divide os deméritos com Wahlberg, e com o esforçado Chiwetel Ejiofor. E quando lembramos dos personagens satélites na trama, é que decididamente vemos a fragilidade do filme da Paramount Pictures.
Ainda sobre a direção e produção de Antonie Fuqua, podemos classifica-la como confusa, pobre e com graves problemas de edição. O enredo não parecia se conectar aos quadros subsequentes, tornando o longa num grande emaranhado de imagens desconexos e sem sentido. No entanto, em meio a dor do que foi acompanhar o filme, destacamos positivamente apenas as cenas de ação.
Claramente, “Infinito”, da Paramount Pictures, sofreu com erros graves, e se for pelo entretenimento talvez você, caro leitor, consiga se divertir com algo, mas se for pela tecnicidade da coisa, não, se você tiver um mínimo de informação sobre a produção de longas, claramente contestará o filme. Infelizmente, “Infinito” caduca, se esvazia, tem elenco e contornos de primeira linha, mas não passa da promessa e fracassa em sua principal premissa.
Classificação:
O longa de Antoine Fuqua (“O Protetor”) encontra-se no catálogo da Paramount Plus.