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Batman: O Longo Dia Das Bruxas (2021) | Crítica

Chegou aos canais oficiais da Warner Bros., as animações “Batman: O Longo Dia Das Bruxas Parte 1 e Parte 2”. O celebrado arco dos quadrinhos, de mesmo nome, que em breve deve servir de pano de fundo para o filme de Matt Reeves, ganhou dois filmes no campo do entretenimento. Assistimos e traremos a análise nas próximas linhas. Confira!

Bruce Wayne está vivendo os primeiros anos de sua vigilância em Gotham City. E não trabalha só. Ao seu lado está o recém nomeado Capitão de Policia, Jim Gordon e o implacável Promotor de Justiça, Harvey Dent. Cada um, possui uma história repleta de meandros e complexidade na inescrupulosa cidade. Abrindo mão de suas próprias vidas para tornar o local onde residem com os seus familiares num mundo melhor.

Porém, Gotham não é uma cidade como as outras. A criminalidade é quase palpável. De quebra, ainda surgem alguns loucos e meta-humanos que só querem ver o circo pegar fogo. E “Batman: O Longo Dia Das Bruxas” deixa isso bem claro, as animações não são sobre o Coringa e o ótimo cartel de vilões do batverso; e sim sobre o quanto a humanidade pode ser terrível e criar um ambiente quase que inóspito fomentado por simples mãos humanas.

Movida por grupos criminosos que controlam instituições importantes e o futuro da cidade, Gotham quase é associada ao mau perene e constante na vida de seus moradores. E neste preâmbulo, uma série de assassinatos, sempre em feriados importantes da cidade, colocará a todos sob a égide do medo e da loucura toda a população. Tirando o sono daquela tríade.

Apelidado de “Feriado”, o principal vilão na trama costurará a morte de pessoas ligadas a máfia local. O que poderia ser um pequeno ajuste de contas, ganhará proporções épicas e encontros formidáveis: Desde a apresentação de vilões clássicos à criação de novos. E Gotham é o lugar perfeito em tornar cidadãos de bem em homens perversos, vide Harvey.

A história é bem construída e as animações te faz celebrar o conto Jeph Loeb Tim Sale, no entanto, existe certo pragmatismo e fragilidade semântica no herói da trama, o próprio Batman, quando nos referimos a aplicação da adaptação. O Batman não pode se tratado como um objeto personalíssimo raso – afinal, o cara é problemático, cheio de traumas, e sai, todas as noites para caçar coisas das quais ele não deu causa -. E sinceramente, faltou esse apelo no filme ao jovem Bruce.

Além disso, para se fazer avançar, a história passou-se por trechos de maneira rápida, tornando a narrativa desequilibrada e pouco ávida. Porém, ainda conseguem se fazer valer e entregam o desejado conteúdo.

Os traços das animações da WAG mudou. É só lembrar de “Superman: O Homem do Amanhã”. E essa singela alteração tornou-os mais próximos dos quadrinhos, mas isso não foi bem recebido pelos fãs. Os contornos ilustrativos foram criticados quando comparados aos anteriores. No entanto, para “Batman: O Longo Dia Das Bruxas Parte 1 e Parte 2”, da DC Entertainment, funcionou. O que é no mínimo estranho. E a resposta talvez esteja na escolha das paletas de cores mais negras que podem facilitar tal emprego técnico, mas ainda assim, não está como desejado.

Sobre os longas, “Batman: O Longo Dia Das Bruxas Parte 1 e Parte 2” podemos dizer que foram ligeiramente bons. Mas não como esperado, desejado. Em animações, a narrativa tem que se sobrepor a qualquer outro elemento técnico. Há filmes que boas atuações, uma trilha sonora, os efeitos visuais importam e salvam produções inteiras, mas em longas animados, a história tem peso acima do normal. E os cortes imprecisos, tornaram a produção desequilibradas. Mesmo assim, difícil de comparar com outras do segmento, pois a editora ainda encontra-se “anos luz” a frente da concorrência. Vide “What if…?”, da famigerada Disney Plus, que em breve traremos crítica.

 

Classificação:

As duas partes de “Batman: O Longo Dia Das Bruxas”, da Warner Bros., podem ser adquiridas em mídias físicas ou digitalmente.

Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante (...) Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo

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