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Cry Macho: O Caminho Para Redenção (2021) | Crítica

“Cry Macho: O Caminho para Redenção”, o novo longa da Warner Bros., trata-se de um drama new-western, dirigido, produzido e protagonizado por Clint Eastwood, do alto de seus 91 anos de idade; de volta ao estilo que o consagrou.

Baseado no romance homônimo de 1975, de N. Richard Nash, com roteiro escrito por ele mesmo antes de sua morte em 2000, com ajuda de Nick Schenk (de “Gran Torino”) e produção de Al Ruddy Jessica Meier, juntamente com Tim Moore e próprio Eastwood. Também fazem parte do elenco, Eduardo Minett, como o menino Rafo; Natalia Traven, Fernanda Urrejola e Dwight Yoakam.

No longa, Mike Milo (Eastwood), um ex-campeão de rodeios e atual treinador de cavalos, no final dos anos 70, aceita uma proposta de seu ex-chefe, de trazer seu filho do México, em segurança, aos EUA, a fim de afastá-lo de sua mãe alcoolista. Milo reluta porém em consideração ao amigo, que o acolheu na pior fase de sua vida, resolve retribuir o favor.

Mike então conhece Rafo, que é descrito pela mãe como um “revoltado”, mas que na verdade é apenas um garoto passando pelas intempéries da adolescência, que busca nas rinhas de galo de briga, junto a seu galo “Macho”, um pouco de alegria, já que em casa, sofre violência doméstica por parte da mãe e de seus capangas.

Rafo nutre o sonho de ser um bem sucedido cowboy e influenciado pelas histórias e promessas que ouve, aceita seguir viagem com Mike. Ambos encontram problemas e apoiadores por onde passam e estreitam seus laços de amizade, ao passo que os verdadeiros interesses do pai de Rafo, vem a tona.

O percurso, em si é um show a parte, e nos são apresentadas paisagens do árido México e sua bucólica zona rural (ponto para a fotografia do filme), a medida em que nos deleitamos com a qualidade da trilha sonora que nos brinda com belíssimas canções da época.

Mesmo diante da pandemia, Clint não mediu esforços no tocante a dar vida a seu projeto, que foi amplamente abraçado pelo estúdio. Afinal, Eastwood é uma lenda viva de Hollywood e seu nome figura entre os mais célebres do cinema. Com uma carreira longeva e seguindo na ativa, dirigindo e atuando (apesar da avançada idade).

O último filme no qual atuou (e dirigiu) foi “A Mula”, em 2018, após uma lacuna de seis anos. Mas já nos brindou com grandes obras clássicas do Western  como: “Os Imperdoáveis”, “Três Homens em Conflito”, “Por um Punhado de Dólares”, além de outros filmes como “O Caso Richard Jewell”, “As Pontes de Madison”, “Menina de Ouro” , “Sobre Meninos e Lobos”, “Sniper Americano”, dentre muitos outros.

Na sinopse divulgada pela Warner Bros., Mike é forçado a tomar o caminho de volta ao Texas com Rafo, onde a dupla  enfrenta uma jornada desafiadora, durante a qual o cavaleiro cansado do mundo encontra conexões inesperadas e seu próprio senso de redenção.

Por conta desta sinopse, o filme ganhou um subtítulo genérico, a meu ver, bem desnecessário: “O Caminho da Redenção”.

Entre as incertezas da aceitação por parte do menino e as reflexões sobre o envelhecer de um grande herói cowboy de rodeios marcado pela tragédia, a história nos faz refletir, que até mesmo o mais macho dos homens, também chora!

 

Classificação:

O filme da Warner Bros., “Cry Macho: O Caminho Para a Redenção” chegou ao Brasil em 16 de setembro.

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