Tudo Menos Natal (2021) | Crítica
Sem grandes surpresas, Tudo Menos Natal da Netflix, explora o subgênero natalino do contemporâneo e sim, cartunesco conto folclórico da data, o Grinch. Com uma proposta bastante simples, o longa espanhol tenta de maneira “divertida” e “romântica” expôr o sentimento palpável a estação.
Para Raúl (Tamar Novas), o natal é um verdadeiro complicador natural que traz sempre péssimas lembranças e muito sofrimento. É bem verdade que parte disso é um conjunto de coisas ruins que só cabem no campo das ideias mesmo. A contragosto, o jovem auditor é enviado a uma pequena cidade no norte da Espanha, a fim de averiguar e analisar os suscetíveis erros de fluxo de caixa numa singela e familiar fábrica de doces. E como esperado, Raúl se deparará com o alguém que fará o seu coração bater mais, a incansável Paula (Andrea Ros) – uma jovem talentosa e obstinada pela amável Valverde.
Tudo Menos Natal é um longa confortável. Confortável para se assistir, para comer aquela velha pipoquinha com o suco, ou o refrigerante a gosto, e nada mais. O diretor Álvaro Fernández Armero não tratou de novos desafios, ou fatores complicantes nesse filme. Pelo contrário, seguiu a risca o manual de instruções acadêmico e trouxe uma produção comum, sem grandes erros ou acertos. Na realidade, o filme possui até mais acertos que erros, mas buscar o conformismo numa arte é um problema capital.
Com boas atuações e de pura simplicidade, Tudo Menos Natal é um filme legal. Tem um roteiro bem construído, com o viés narrativo crescente adequado. E independente da maneira que você escolha acompanha-lo – sozinho ou em família -, certamente será agradável. No entanto, é quase impossível não classifica-lo como um entretenimento transitório, sem celeumas e talvez, repito, talvez essa não seja a proposta.
Classificação:
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Sob a direção de Álvaro Fernández Armero, Tudo Menos Natal encontra-se na Netflix.