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Escritores justificam a escolha de Tia May como ponto emocional em “Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa”

Se você chegou até aqui, sabe dos riscos de tomar vários spoiler’s bem na cara, então vamos lá.

Em Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa, o ponto de inflexão emocional para Peter Parker (Tom Holland) foi a morte de Tia May (Marisa Tomei) numa cena super-comovente, capitaneada pelo vilão Duende Verde (Willem Dafoe).

Em outras versões para o cinema, Tio Ben foi essa “adequação sentimental” na vida de nosso herói. Mas o porque dessa substituição? O quanto ela pode interferir na figura central da trama? Esses e outros questionamentos chegaram aos escritores do filme Chris McKenna e Erik Sommers, que logo responderam através do THR [via CB].

Essa iteração do Homem-Aranha não começou contando a história da perda do tio Ben”, explicou Sommers quando questionado sobre a famosa frase: – “Com grandes poderes vem grandes responsabilidades“. “Começamos de um lugar diferente com Peter. Essas palavras estão tão ligadas ao tio Ben, não parecia haver um lugar natural para isso. Não estávamos nem pensando necessariamente, ‘Oh, temos que fazer isso o quanto antes.’ Conforme a história começou a se desenvolver, e quando chegamos à cena com May, percebemos: ‘Este vai ser o tio Ben de Peter’, e as palavras vão sair. Para a cena no telhado, onde os três Peters se encontram, sentimos fortemente que precisamos de algo para realmente, finalmente cristalizar para esses três caras que eles são iguais, que são irmãos. E que eles estão ligados de uma forma cósmica por algo e tê-los compartilhando essas palavras em comum parecia a melhor coisa a fazer.”

Acrescentou McKenna: “[Christopher] Markus e [Stephen] McFeely e os Russos foram tão espertos com Guerra Civil para evitar a reformulação da história de origem. Você simplesmente pula sobre ela, mas deixa muitas perguntas e lacunas. Algumas pessoas [perguntam] , ‘Oh, o tio Ben morreu? Ele era culpado [da morte de Ben]? Estamos perdendo essa seriedade como parte desse personagem?’ Acho que isso é algo que sempre discutimos. ‘Qual é o problema com o tio Ben? É uma paridade total – é um para um? É absolutamente da mesma forma?’ Começamos a pensar: ‘Bem, talvez não seja. Talvez a mentora dele seja May e ela tenha instigado isso nele’. Ele não diz: ‘Com grande poder vêm grandes responsabilidades’, mas diz algo nesse sentido na Guerra Civil, que é, ‘Quando você pode fazer as coisas que eu posso fazer e você não faz nada, então você é responsável.’ É o mesmo sentimento que eu acho que foi instaurado nele desde May, mas você começa a perceber que ela é realmente o guia moral de sua vida e ele teve uma figura paterna.

Esperançosamente, você começará a ver que este é um Peter Parker diferente,” continuou McKenna. “Eles são todos diferentes. Têm origens diferentes. Têm contextos diferentes e este Peter é o único desses três que teve um Tony Stark em sua vida. Por isso, ele persegue a fama. Ele persegue essa figura paterna e sua aprovação desse playboy filantropo e bilionário. Então ele percebe: ‘Não quero ser um Vingador. Estou perseguindo a coisa errada’. E o próximo filme foi, ‘Não posso ser o Homem de Ferro. Só posso ser o Homem-Aranha’. Neste, há uma maneira totalmente nova dele fazer o teste sobre o que esses outros dois caras foram testados. Pela morte de um ente querido nas mãos de um vilão.

Jon Watts dirige Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa, encerrando sua trilogia de filmes do Homem-Aranha no MCU, antes de se concentrar no Quarteto FantásticoTom Holland, Zendaya, Jacob Batalon, Jamie Foxx, Willem Dafoe e Alfred Molina integram o filme.

Veja também:

O filme da Sony Pictures encontra-se em cartaz nos cinemas.

Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante (...) Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo

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