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Pânico (2022) | Crítica

Seguir paralelos sempre será um trabalho infame. As escolhas são sempre confrontos sobre algo que se perde, seja para o bem ou para o mal. Não é possível ser neutro diante da subversão. E no final é isso que nos resta, sendo uma escolha pessoal de como isso vai afetar nossas compreensões.

Quando Wes Craven morreu muito se pensou que a sua maior franquia seria enterrada junto com ele. Com filmes que conseguiram se sobressair à enxurrada exagerada e pavorosa de seus semelhantes, todos seus Pânicos conseguiram marcar o momento que estavam inseridos sempre com algo significativo a contar, respeitando todo o humor e sagacidade característico.

Pânico (notem que em nenhum momento se diz números, seria um reboot?) começa em um local comum. Vemos uma reconstrução imediata da prólogo do seu primogênito com bastante jovialidade e um pouco de sadismo. Da mesma forma que o sangue jorra, todas as referências da época que se está inserido também.

O caminho escolhido pode ser fácil, mas ao mesmo tempo é perigoso por ser algo que (diferente do que todos os outros Pânicos conseguiram ser vanguarda) já foi explorado exaustivamente por diversos gêneros. Tratar de soft-reboot é acertado, mas ao mesmo tempo não é totalmente eficiente, porque mesmo o filme negando seu 5 do seu nome, ele é o quinto que surge no imaginário coletivo que ainda tem em mente o 4.

Ainda assim, com tantas ressalvas e excessivas percepções de narrativas durante a projeção, o filme incrivelmente consegue ser eficiente e envolvente do começo ao fim, com uma roupagem narrativa que homenageia mas não reverencia.

E mesmo com um final um tanto previsível e uma metalinguagem que não faz jus ao que Wes Craven sempre fez questão de extrapolar os limites, Pânico (5?) é um slasher divertido e que se aproveita da baixa expectativa para surpreender.

 

Classificação:

Veja também as críticas de:

O longa da Paramount Pictures, Pânico dos diretores Matt Bettinelli-Olpin e Tyler Gillett encontra-se em cartaz.

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