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Munique – No Limite da Guerra (2021) | Crítica

Sei que é entrar em um campo minado questionar a necessidade de se contar mais uma história sobre a Segunda Guerra tendo em vista que o conflito já foi explorado inúmeras vezes até mesmo quando estava acontecendo é extremamente complicado, quase que nada proveitoso. E vem aquela velha pergunta: Quantas vezes podemos contar a mesma história?

Distante de tantos títulos que acabam se tornando interessantes não pelo que se está contando mas como contar, Munique – No Limite da Guerra é mais didático do que deveria. Perde-se tanto tempo com um excesso de informações que se esquece do papel principal do cinema que é entreter.

Fica claro logo no começo as influências óbvias de filmes de espionagem que ganharam força durante a guerra fria e que até hoje ganham roupagens modernas em suas narrativas. Essa emulação até que dá um clima nebuloso onde tanto a Alemanha quanto o reino unido se tornam sóbrios, juntos com a fotografia de cores opacas onde só o vermelho do nazismo (clara e boa, mas eficiente, simbologia do perigo) tem destaque e muitas das vezes parece que estamos vendo um filme preto e branco.

A tentativa de thriller político de Christian Schwochow se torna enlatada quando se utiliza de clichês narrativos que no seu gatilhar ativam as memórias que o gênero já instalou em nosso imaginário coletivo. A ação nesse tipo de filme é toda baseada no clímax e aqui – por mais que a sensação de coito interrompido seja constante e real – tudo falha, e quando a ação surge mais parece uma tentativa mambembe de humor que ponto de engate para algo mais violento no discurso da narrativa.

O que mais tenho para falar? Acho que da tentativa bem infame de colocar August Diehl para repetir seu papel icônico do nazista de Bastardos Inglórios. E de Jeremy Irons não falo mal. Ele fez os gêmeos Mantle em Dead Ringers. Pra ele passo pano eternamente.

 

Classificação:

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O longa, Munique – No Limite da Guerra é dirigido por Christian Schwochow e encontra-se exclusivamente na Netflix.

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