No Ritmo do Coração (2021) | Crítica
Não deveria existir muita cerimônia quando se trata de cinema. Um bom filme é um bom filme assim como um filme ruim também é um filme ruim. Alguns defendem que não existe polarização quando se trata de arte, e até concordo, pois do lixão pode nascer uma flor. Mas devemos ser honestos naquilo que falamos sobre o que acreditamos e por isso não devemos nos limitar a meias palavras para coisas que não merecem rodeios.
CODA (ou No Ritmo do Coração aqui nas terras tupiniquins) é um excelente exemplo de filme precisamos ser francos quando vamos falar sobre. Por estar lado a lado de tantos nomes de “grife” nas grandes premiações, esse filme simples (sim, um filme simples) acaba sendo comido pelos monstros do lobby que rodeiam Hollywood.
Sua história de tão singela que se torna algo que não conseguimos enxergar qualquer atrativo imediato para acompanhar. Por ser uma história banal, contada de uma forma sem muita criatividade (não sei se a palavra inventivo cabe aqui como cobrança de conduta) faz com que o filme pareça menor do que ele realmente é.
A indicação a tantas categorias principais do Oscar fez com que o filme sofra bastante com a expectativa que acaba se tornando uma mera frustração. Não que eu ache que Oscar seja sinônimo de qualidade, faz muito tempo que a premiação passa longe disso, mas no imaginário coletivo é isso que predomina.
No Ritmo do Coração da Prime Video é um filme bonito, com atuações boas e honesto no que se propõe. Se ficasse só na cena “indie” seria maior do que é. Infelizmente, se tornou o azarão do Oscar 2022.
Classificação:
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Dirigido por Sian Heder, No Ritmo do Coração pode ser encontrado de maneira exclusiva na Amazon Prime Video.