De Frente com o Siri de hoje é com o quadrinista pernambucano, José Valcir, editor e roteirista de quadrinhos, além de um dos membros fundadores da Produtora Artística de Desenhistas Associados – P.A.D.A. uma editora pernambucana independente de quadrinhos. Quer saber um pouco mais sobre nosso convidado especial? Confira a entrevista.

SiriNerd – Fale-me um pouco sobre você;
José Valcir – Chamo-me José Valcir, mas a maioria me chama de Valcir. Estou com 54 anos de idade. Continuo um leitor de livros. Curto bons filmes, principalmente do agente 007, James Bond. Não sou muito fã de séries atuais, porque enrolam demais para chegar a solução de um simples problema. Meu senso crítico continua o mesmo e a maturidade me deu mais agucidade e menos entusiasmo com o que é produzido e publicado. Sou editor de quadrinhos e roteirista. Sou um dos membros fundadores da Produtora Artística de Desenhistas Associados – P.A.D.A.. A seguir, conto como Milson Marins despertou meu interesse em fazer minhas próprias histórias em quadrinhos.

SiriNerd – Como nasceu sua paixão pelos quadrinhos?
José Valcir – Muito influenciado pelos desenhos animados vespertinos. Através dos meus irmãos mais velhos, que traziam revistas em quadrinhos para casa. Tive acesso ao Planeta dos Macacos, Turma da Mônica, Pantera Cor-de-Rosa, mas eu ainda não sabia ler. Gostava de ver os desenhos naquelas revistas. Foi na escola que tive a oportunidade de conhecer colegas de sala que me emprestavam as revistas e foi nesse ambiente que conheci os super seres. Eu conhecia boa parte deles das animações, mas poder lê-los foi muito diferente. Eram desenhos diferentes, com uma narrativa muito incomum para um garoto acostumado a ler a Disney e Turma da Mônica, e minha leitura é eclética até hoje. Só não gosto de erótico.
As histórias em quadrinhos são responsáveis pelo meu prazer pela leitura. Claro que minha irmã mais velha, e já falecida, foi a maior responsável pelo meu hábito de ler e escrever. E ela me fazia ler aquelas histórias dos livros didáticos e copiá-las. Então, daquela obrigação, tornou-se um hábito e minha atenção em buscar escrever corretamente foi aprimorando. Claro que ainda cometo erros, mas é uma ação evolutiva. Até hoje, agradeço por isso, e sempre disse isso a ela.

SiriNerd – Como nasceu sua paixão pelo cinema?
José Valcir – Da mesma maneira, através dos filmes e séries que assistia na tevê com meus irmãos, pai e mãe, na sala da casa onde moramos. Lembro, até hoje, do King Kong dos anos trinta. King Kong (1933), de Merian C. Cooper e Ernest B. Schoedsack, resgatado pelo diretor Peter Jackson, muitas décadas depois, com King Kong (2005). Eu trago porque é uma memória afetiva de reunião em família, de uma história inovadora e surpreendente e uma linguagem fantástica que eu tomava conhecimento. E que, até hoje, me emociono com o final do filme. O Kong não merecia aquele destino.
Não foram apenas os filmes, mas as animações, os longas que passavam na tevê. A série que me marcou muito foi Marco e Pinóquio. O primeiro passava no programa do Sílvio Santos, que contava a história de um menino que viajou o Mundo à procura da mãe. E o último pela conclusão fantástica da história do boneco de pau. Quantas lições aprendi com essas animações. Mas, enfim, foram diante dessas histórias que transportei meu lado criativo para os bonecos que minha mãe me dava ou eu comprava de algum colega. Criava aventuras onde eu passava horas brincando. Infelizmente, para meu irmão mais novo, acabava não dando espaço para ele brincar comigo porque nesse universo só cabia eu e minha imaginação.

Até então, começavam a se formar os primeiros passos para a oficialização da equipe com um nome. Isso seria a pedra fundamental que nos daria destaque até hoje.

SiriNerd – Fale-me um pouco da Pada e da Prismarte. O que é? Como surgiu a equipe P.A.D.A.?
José Valcir – A Produtora Artística de Desenhistas Associados – P.A.D.A., foi fundada em 1984, isto é, 39 anos de existência. Os irmãos Marins, Marco e Milson, são os responsáveis em reunir os barulhentos membros na casa dos pais deles, de jovens adolescentes sonhadores. A princípio, nossa base criativa de quadrinhos era inspirada diretamente nos super seres da DC e Marvel. Logo, nossa produção estava avançando. Uma história que sempre lembro e conto e aqui vou relembrar, foi quando Marco e Milson tiveram a ideia de enviar uma HQ completa original para uma extinta editora de quadrinhos. Essa editora nunca nos respondeu e nem devolveu os originais. Uma grande lição em nossa vida: não confiar em editoras. O grupo padista original era formado, em ordem alfabética, por André Gomes Torres, Arnaldo Luiz, Douglas Campêlo, Esdras, Jaidelson Maurício de Souza, Jean Carlos, José Valcir, Marcos Marins, Marcos Lopes, Milson Marins, Paulo Pires, Valmir Sabino (se esqueci alguém, perdoe-me!), isso de 1984 até 1994/96. Claro que a equipe mudou muito, pois, crescíamos e nossos pais cobravam-nos pelo nosso trabalho: trabalho e faculdade. Além disso, nós, como indivíduos, possuíamos projetos pessoais como arrumar uma namorada e constituir uma família. Logo, nessas saídas e entradas, outros nomes que figuraram na equipe e faço questão de destacar são de Alexandre de Freitas, Eusébio Muñoz, Fábio Cassiano, Jorge Luiz, Marcelo Schmitz e Valmir Sabino. Destes, que retornaram à equipe, saliento Eusébio Muñoz, Fábio Cassiano e Jorge Luiz.
Após a frustrada incursão pelas editoras, o criativo Douglas Campêlo surge com a ideia de publicarmos nosso próprio título. Até então, começavam a se formar os primeiros passos para a oficialização da equipe com um nome. Isso seria a pedra fundamental que nos daria destaque até hoje. Entretanto, como equipe, cada um surgia com uma nova ideia e entrevistar (o hoje falecido) Lailson de Holanda Cavalcanti, até então, chargista do Diário de Pernambuco, para título que iríamos publicar. Foi o divisor de águas na história da Prismarte : uma nova maneira de ver (os quadrinhos).
Há muita coisa curiosa com a criação do nome Lailson de Holanda, cartunista que faleceu de Covid-19 (uol.com.br).

SiriNerd – Como você começou a curtir e colecionar quadrinhos?
José Valcir – Muito inspirado nos desenhos animados que via na tevê: Os Flintstones, A Família Muzzarella, Os Jetsons, Pantera Cor-de-Rosa, Herculóides, Space Ghost, Johnny Quest; nas revistas em quadrinhos que mais irmãos mais velhos traziam e eu ficava olhando. Eu pedia para meu pai comprar e ele me trouxe dois títulos: O Mestre do King Fu e as Doze Tarefas de Hércules. Essas revistas desgastaram-se com o tempo. Eu as lia e relia, constantemente. Uma família de vizinhos sempre lia a Disney e me emprestavam as revistas para ler. Além dos colegas de classe da escola com quem conseguia emprestado. O hábito de colecionar surgiu naturalmente porque sempre tive o hábito de acumular coisas. E não foi diferente com as revistas em quadrinhos.

SiriNerd – Como surgiu a ideia de você integrar a equipe P.A.D.A.? Você realizou outros projetos antes? Quais? Quando começou a produzir suas histórias?
José Valcir – Foi algo natural. Eu conhecia Milson Marins desde a segunda série do primeiro grau (hoje, fundamental I), na escola Izaulina de Castro e Silva. Depois, reencontramo-nos na escola Áurea de Moura Cavalcanti, na 4ª série, onde desenhou no meu caderno escolar, uma curta história de faroeste, e que me falava da inspiração dele, o irmão Marco Marins. E que me despertou em fazer histórias em quadrinhos. Nessa fase, fiz duas HQs e uma delas com um personagem fixo. Depois disso, reencontrei com Milson Marins no Ginásio Pernambucano, mas estávamos distantes, pois ele estava avançado nos estudos. Ainda assim, tive a oportunidade de conhecer dois colegas de sala que desenhavam e consegui uni-los para produzirem quadrinhos. Eu era péssimo desenhista, mas tentei estar com eles para também fazer minha história e comecei uma, mas não fui muito longe. Também, no bairro onde morei, bem próximo à rua da casa onde morei, havia um leitor de quadrinhos que gostava de desenhar, embora suas histórias fossem pouco criativas e repetitivas, era divertido estar com eles. Eu sugeri que fizéssemos uma revista e topou. Foi com ele que passei a conhecer a maioria dos personagens da Marvel. Mas voltando a Milson, consegui me aproximar e falar das histórias em quadrinhos que estava fazendo e fui convidado a ir a casa dele.
Depois disso, Marco Marins deixou apenas de ser um nome e descobri a força criativa e inspiradora que há nele. Outrossim, fui conhecer os demais quadrinhistas que logo se tornaram membros fundadores da P.A.D.A. e meus amigos de longa data.

A casa dos Marins pode ser considerada “A Casa das Ideias” da P.A.D.A. Lá, todos os domingos, tínhamos a oportunidade de ver os trabalhos de cada um.

SiriNerd – Quais as suas principais histórias já publicadas e em quais revistas? O que o público pode encontrar em suas histórias?
José Valcir – Sinceramente, não há como dissociar a P.A.D.A. Lá, todos os domingos, tínhamos a oportunidade de ver os trabalhos de cada um, debater sobre histórias em quadrinhos, filmes, séries, enquadramentos, perspectivas no desenho, ponto de fuga, processo criativo, tudo, enfim. Aqui, devo abrir um parêntese para agradecer aos pais dessas duas pessoas que nos uniu nesse projeto que perdura até hoje.
Houve um momento que a Antônio Luiz Cagnin – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org) sobre “não existir quadrinhos inocentes”, ou seja, toda história em quadrinhos é politizada. Da mesma forma, muito inspirado em animações ainda na tenra idade e atuais, que procuram dar uma mensagem positiva ou crítica sobre algum tema: amizade, cunho religioso ou crítica política ou social. É dessa maneira que escrevo minhas histórias. Mesmo dentro de uma simples HQ de ação, o leitor poderá encontrar um tema abordado. Numa trilogia: Pátria Amada, João Ninguém e Providência; Um Futuro, Um Dia de Cão, Caos: 2030, que lembro, no momento, havia um engajamento; e roteiros engavetados ainda em desenvolvimento, objetiva contar uma história, menos engajado. Só contar uma história. Mas sempre com respeito ao público leitor, pois o que escrevo sempre tem o objetivo de alguém que a leia, goste e reflita naquilo que quis dizer.
O que chama atenção para todos que lêem quadrinhos são os desenhos. Muito se evidencia o desenhista, a técnica utilizada e enquadramentos. Mas o que fica retido na mente do leitor não é apenas o desenho, mas o bom roteiro. A trama bem desenvolvida, o diálogo maduro, é que vai permanecer no subconsciente do leitor. Quem leu Crise nas Infinitas Terras escrita por Marv Wolfman, foi tomado pelo o enredo bem desenvolvido, os diálogos inteligentes e as tramas paralelas. Eu amei tudo daquela saga final publicada, originalmente, pela Editora Abril. Mas vou me reter a um ponto: a morte da Super-Moça. Imagine como foi descrever aquela cena a um ponto que o George Perez pudesse desenhá-la o bastante para impactar o leitor. O detalhe do olho, da queda no vazio da mão da heroína e o grito vazio do Super-Homem. Até hoje, aquilo mexe comigo. E li trocentas vezes, aqueles três encadernados.
Outro fato de uma fantástica narrativa: a descrição feita por Frank Miller sobre uma mulher que voltava de metrô do trabalho para casa, e estava feliz porque havia comprado lápis de cor para o filho. O que aconteceu ali ficou reverberando até hoje na minha cabeça. E eu sempre vejo que é assim que minhas histórias devem fazer para quem as lê: toquem fundo. Se eu consigo, não sei.

SiriNerd – O que você precisa fazer para produzir suas histórias? O que acontece nos bastidores?
José Valcir – Uma pergunta bem reflexiva. Um tema, tempo, silêncio para me concentrar, pesquisa para fundamentar o que espero escrever. E disciplina, por que preciso muuuito. Eu começo uma história, vou bem, mas chega um momento que travo. Ora, surgem muitas ideias e vou escrevendo e releio e refaço e refaço e refaço. Quando tudo, dou um tempo e volto e acabo reescrevendo, corrigindo, até chegar onde quero. Demoro muito. Não é preguiça, mas o desafio de pôr no papel em branco aquilo que está na mente. Em momentos de inércia, em viagem de ônibus para o trabalho, na maioria das vezes, ideias para situações que estão na história e que surgem no momento em que estou desprovido de caneta e papel (risos).
Um exemplo claro foi responder essa entrevista. Precisei de tempo e concentração e nada que me tirasse a atenção para que pudesse sentar e responder. O que acontece nos bastidores é: trabalho, muito trabalho. Parafraseando Thomas Edison: “Talento é 1% inspiração e 99% transpiração”. Não existe outra coisa a não ser isso nos bastidores. Não há fórmula mágica. Quer escrever? Pratique. Quer desenhar? Pratique. É o que faço. Hoje com menos tempo e paciência, mas com muito prazer.

SiriNerd – Vocês aceitam patrocinadores e anunciantes para a equipe P.A.D.A.? Como uma empresa interessada pode se envolver no projeto?
José Valcir – Sim, aceitamos. Basta contatar-me pelos e-mails: [email protected] ou [email protected] para tratarmos dos aspectos comerciais e legais. O linque da página Prismarte  – O melhor dos quadrinhos, dá a oportunidade para o potencial parceiro comercial conhecer nossa história editorial, títulos e projetos.
SiriNerd – Como algum colaborador pode participar da equipe P.A.D.A., havendo interesse?
José Valcir – Apresentar-se e estar disposto a trabalhar, não apenas querendo trazer seus quadrinhos para publicarmos, mas vestir a camisa, fazer parte da equipe. Entretanto, se objetiva apenas colaborar, as portas também estarão abertas. Os e-mails de contato continuam os mesmos: [email protected] ou [email protected] .
Como expliquei sobre a essência da logomarca da Prismarte  – O melhor dos quadrinhos para conhecê-la, e que estamos antenados aos movimentos e novidades que vem acontecendo na cena editorial de quadrinhos.

SiriNerd – Como o público pode acompanhar os seus lançamentos e também da P.A.D.A.? Como o público tem meios de acesso a P.A.D.A. na Internet ?
José Valcir – Através do saite SiriNerd – Quais as maiores dificuldades enfrentadas ao produzir suas histórias?
José Valcir – Tempo e disciplina. São estas as dificuldades para minha produção de roteiro. O tempo é um fator determinante, porque devo cuidar da vida financeira primeiro e demais afazeres que me exijam atenção para domésticos. Depois, dar prosseguimento ao roteiro que, possivelmente, esteja digitando. Outro ponto, é a disciplina. Neste caso, está mais relacionado ao processo criativo, onde várias ideias surgem, enquanto estou digitando e isso me faz reescrever, corrigir, concatená-las. É um desafio, um martírio, o processo. Um exemplo é a maneira como estou para responder esse questionário. Já o iniciei duas vezes e não gostei das respostas que dei, pois as ideias não estavam muito claras. Tenho vários roteiros iniciados e guardados para maturação, como o vinho. Leva tempo, “adormecido no barril de carvalho”. Surge uma nova ideia, dígito e guardo. E, aos poucos, a retomo e vou montando a história definitiva.

A trilogia não programada que começou com João Ninguém, desenhada por Jorge Luiz; Pátria Amada, desenhada por Fábio Cassiano; e Providência, desenhada primeiro por Marcos Fróes e, depois, redesenhada por Sérgio Borba.

SiriNerd – Qual o trabalho seu que te deu a maior alegria e maior orgulho e por quê?
José Valcir – A trilogia não programada que começou com João Ninguém, desenhada por Jorge Luiz; Pátria Amada, desenhada por Fábio Cassiano; e Providência, desenhada primeiro por Marcos Fróes e, depois, redesenhada por Sérgio Borba. Essas três histórias são de uma fase muito pessoal de questionamentos, de um jovem adolescente querendo entender o Mundo e tudo que o cerca. Providência é a mais pessoal porque é meu pedido de perdão a Deus e redenção. Quando ainda muito jovem, neguei a existência de Deus e, por anos, isso inquietou-me, espiritualmente. Com o tempo e maturidade, as respostas começaram a ser respondidas e fui entendendo melhor. Outra coisa que me ajudou muito foi quando decidi ler a Bíblia, e descobri que as respostas estão todas lá. É difícil entender no começo? Sim. Contudo, é uma imersão ao conhecimento muito prazerosa e que provoca mudança de comportamento.

SiriNerd – Além da equipe P.A.D.A., você participa de outros trabalhos e canais? Comente sobre eles.
José Valcir – Não. Já participei da Associação de Cinéfilos de Recife, a Associne, onde eu, Ronilson Araújo, Edson Santos, Gilmar, Alzenralem, Joe, e demais outros colegas que não lembro o nome no momento. Encontrávamo-nos para tratar de projetos relacionados a Cinema e Quadrinhos. Em parceria com a
P.A.D.A., editamos um jornal chamado Imagens, que inicialmente começou em A4 dobrado. Depois, ganhou mais um caderno, aumentou o tamanho para um A3. Vínhamos apresentando Cinema às Quartas-Feiras, na Biblioteca Pública Castello Branco, próximo ao Parque 13 de Maio, onde realizávamos nossas reuniões. Nesse período, criamos A Bolsa de Apostas da Associne, onde consistia apresentarmos os trailers dos filmes que concorreriam ao Oscar na semana onde ocorreria a premiação do Oscar oficial, em Los Angeles. Não havia dinheiro envolvido, mas foi batizado de “aposta” porque, nos Estados Unidos, existe algo semelhante, mas que envolve dinheiro. A nossa era pura diversão. A cada trailer apresentado fazíamos uma resenha dos filmes e, ao final, o público, com a cédula na mão, votaria na preferência deles. Foi um sucesso e algo novo na época e quem acertava a maioria dos resultados ganhava um prêmio.
Também fiz parte de outros grupos de quadrinhos, já citado antes em outra resposta. Em seis de novembro de 2022, a convite da Opine Eventos, estivemos na Goiânia Geek, clicando aqui, é possível saber o que aconteceu por lá: Prismarte  e Zé Coruja.

SiriNerd – Como os artistas e produtores podem encaminhar suas sugestões de participação para P.A.D.A.?
José Valcir – Contatando-nos através do e-mail: [email protected] . Aqui, o leitor não só poderá dar sugestões como, também, adquirir nossos títulos e mix de produtos à venda na loja. Vou aproveitar essa oportuna pergunta e pedir ao leitor que nos contate, comentando ou dando sugestões sobre os nossos títulos, ou até mesmo do nosso saite: P.A.D.A. tinha a seção Cartas, e recebíamos missivas de vários Estados de diversas regiões do País. Mas, por incrível que pareça, as mensagens instantâneas de WhatsApp, Telegram, e as redes sociais acabaram com isso. O fenômeno da internet causou o desinteresse do público leitor em escrever. Uma pena.

SiriNerd – Como os espectadores podem enviar sugestões e críticas relacionadas a P.A.D.A. e aos seus trabalhos?
José Valcir – Quem tiver interesse em participar da Prismarte e Zé Coruja.

SiriNerd – Quais os próximos destaques da P.A.D.A.? Quais os seus próximos projetos?
José Valcir – A fim de que nossos leitores e curiosos conheçam tudo que estamos realizando, peço que cliquem no linque a seguir e conheçam nossas publicações em nosso blogue: Prismarte – O melhor dos quadrinhos ou através do e-mail: [email protected].

Precisamos sempre inovar e está à frente das mudanças tecnológicas que o mercado impõe e o público aspira.

SiriNerd – O que pode ser divulgado sobre os futuros projetos seus e da P.A.D.A.?
José Valcir – Gostaria muito de ser uma empresa bem estruturada e poder divulgar, como uma linha do tempo, nossos projetos futuros de fase ou de dez anos. Mas posso afirmar que o que havíamos decidido em reunião no ano passado, hoje começa a ganhar contornos mais reais. Primeiro a criação da Loja da Prismarte – O melhor dos quadrinhos. Precisamos sempre inovar e está à frente das mudanças tecnológicas que o mercado impõe e o público aspira.

SiriNerd – Acompanhamos tantas transformações, o que você acredita sobre o futuro da Cultura Pop?
José Valcir – A Cultura Pop será o que sempre foi: um reflexo da sociedade do momento. Uma sinergia cujas manifestações sociais alimentam os meios e este retorna para ela, em forma de idéias, produtos e ditando comportamentos.

SiriNerd – O que você aconselha para alguém que esteja iniciando um projeto de site, canal ou publicação?
José Valcir – Que tenha foco no projeto. Que comece pequeno, pensando grande. Mas, como assim? Simples: vou usar o exemplo da Dove, que começou com um comercial de sabonete e, depois que a marca ganhou mercado, tornou-se um nome relevante, aumentou o leque de produtos. É assim que deve ser um projeto: planejar. Seja qual for a área que queira investir. Quer fazer uma história em quadrinhos? Pense qual tema tratar, pesquise e faça anotações. Crie uma linha lógica, depois escreva e desenhe (mas se não domina uma das duas áreas, busque alguém que tope escrever e desenhar). Não há onde publicar? Crie seu blogue e divulgue seu trabalho. Não espere por ninguém. Portanto, comece por algum lugar. É o que eu posso dizer.

SiriNerd – Quais são as melhores referências na Cultura Pop na sua visão que recomenda ao público?
José Valcir – Desculpe-me, mas não possuo essa referência como deseja. Eu apenas indico que busque ler livros, ter boa informação. Não se limite a séries televisivas, jogos eletrônicos, ou leituras de quadrinhos. Ler, criar senso crítico e abrir o pensamento criativo. Descobre-se novos mundos e possibilidades, amplia a sensibilidade. Sim, ler é muito bom. Geralmente, afirmo que é o amigo nas horas silenciosas.

 

SiriNerd – Aproveitamos para agradecer ao quadrinista, José Valcir, pela disponibilidade e pelo apoio ao Portal Sirinerd. Desejamos boa sorte ao Valcir, a editora pernambucana independente P.A.D.A. e seus futuros projetos. Vida longa e próspera!!!

Não perca, o próximo De Frente Com o Siri. Nessa mesma Siri Hora, nesse mesmo Siri Portal.








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