Sempre que a gente escuta falar de episódios especiais de comemoração de uma certa data ou marca esperamos algo à altura do que se está comemorando, e a Netflix decidiu, junto a Hasbro, que era hora de fazer um especial de 30 anos da franquia Power Rangers, mas sabe aquela sensação de estar assistindo um episódio regular de uma série que já não anda bem das pernas e os atores lá só estão por causa do cachê que foi pago…

Quase isso que se vê em Power Rangers: Agora e Sempre. Sabemos que os atores envolvidos nesse episódio especial não são astros de Hollywood nem nada parecido, que muitos deles até já deixaram os dias de glória e fama de ser um ranger pra trás, mas mesmo que a nostalgia seja o grande objetivo de se ver num episódio comemorativo o conjunto da obra não faz merecer os 30 anos de vida que essa série alcançou agora em 2023. Me faz perguntar até se eu realmente assistia isso quando era jovem, com 10 anos ou um pouco mais.

Não entendam errado os fãs da franquia, só que a gente sempre espera um épico quando se fala de vilões que nos marcaram na década de 90, principalmente de Rita Repulsa, a grande vilã dos primeiros anos da série e desse comemorativo, mas até ela, que não sei por cargas d’água agora é um robô, é muito fraca e rasa em seus planos de fazer o time original se curvar aos seus pés. Time esse que sofreu baixas no decorrer dos anos, com as mortes de Jason David Frank e Thuy Trang, e algumas rusgas e processos de outros Rangers, como o ranger vermelho original Austin St. John que foi condenado por fraude recentemente.

Todos esses problemas de produção transformaram a história que era pra ser uma grande volta dos Rangers originais da série em um completo nada a ver onde esses acima citados só aparecem de capacete, deixam os seus lugares, junto com Amy Jo Johnson que disse estar ocupada em outros projetos, e fazendo com que atores que assumiram a posições vagas no decorrer dos anos voltassem a ele para tentar salvar o projeto como um todo.

Se há uma coisa boa nessa volta da primeira equipe, podemos falar dos atores David Yost e Walter Jones que reprisaram seu papel de forma aceitável, mas como disse antes com alguma ressalvas, principalmente para David que deixou bastante a desejar transparecendo muito o quanto aquilo era artificial.

No final, a história que tenta dar uma leve homenagem aos integrantes que acabaram morrendo e introduzindo uma nova Ranger Amarela, que sabemos não vai seguir aparecendo, a não ser que os produtores inventem um novo especial daqui a 5 ou 10 anos, como já fizeram em temporadas anteriores.

E se você é novo nessa coisa de Power Rangers, passe longe desse filme, pois a falta de preocupação em explicar momentos importantes da trama faz você acreditar que pegou o filme pela metade, ou que esses especial não passa de mais um episódio regular da série, que foi parar no catálogo da Netflix por acidente.

 

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