E surge o maior candidato a pior filme do ano. Aliás, é impressionante como conseguiram jogar a franquia O Chamado literalmente no fundo do poço (com o perdão do trocadilho).
Porém, antes de falar mais sobre O Chamado 4, eu preciso explicar toda a confusão (com uma boa dose de safadeza da distribuidora nacional no caso desse último filme) nas telas de cinema, pois boa parte da saga não possui nenhuma conexão entre si.
Em 1998 nós tivemos o clássico Ringu (adaptação para o cinema do livro homônimo, escrito por Koji Suzuki e que ganhou em 2002, um remake americano de muito sucesso estrelado por Naomi Watts e dirigido por Gore Verbinski). Desde então, os dois filmes (o japonês e o americano) se desenvolveram em uma série de inúmeros filmes cada vez piores.
O que nos leva a O Chamado 4 – Samara Ressurge (na verdade Sadako DX), filme que a distribuidora espertamente lança como sendo uma continuação direta da sofrível parte 3 da versão americana (que chegou aos cinemas em 2017) mas que, na verdade é uma continuação japonesa de Sadako : O Capitulo Final de 2019,
filme que tentou renovar a franquia ignorando muitos conceitos originais da obra como o VHS amaldiçoado e se apoiou mais em jovens usuários da internet com videos no YouTube em alta.
Ou seja, aqui não tem Samara…tem Sadako em um filme mal escrito, mal dirigido, mal atuado e que não funciona nem como terror e muito menos como comédia. Sim…eu disse comédia!! Pq a todo custo, o roteiro do filme insiste em fazer graça a cada 5 minutos de projeção e as piadas simplesmente não funcionam.
O filme apresenta a história de Ayaka (interpretada pela insossa Fuka Koshiba), uma estudante de pós-graduação que depois de saber que sua irmã assistiu a um suposto vídeo amaldiçoado na internet, tenta desvendar os mistérios por trás dos vídeos e só. Esse fiapo de história se estende por longos 84 minutos que são literalmente uma tortura pra quem está assistindo.
Em resumo, O Chamado 4, é um filme de terror que não assusta e um filme de comédia que não faz rir. E pra piorar, o roteiro tenta fazer uma conexão entre a maldição do vídeo com um vírus e, apesar dessa ideia que já ter sido mencionada em filmes anteriores, ela simplesmente não funciona. Os filmes de terror, muitas vzs, se apoiam em alguns exageros, é verdade… mas aqui esses exageros só mostram o absurdo e desviam a atenção da narrativa. E a quantidade de jump scares chega a ser vergonhoso.
Definitivamente, é o pior filme do ano.
Classificação:
O Mandaloriano – 3ª Temporada (2023) | Crítica 1