Operação: Lioness – 1ª temporada (2023) | Crítica
Chegou ao Paramount+, repleto de pompas e com grandes nomes, a série de guerra criada por Taylor Sheridan (“Yellowstone”), “Operação: Lioness”. Será que vale toda essa hype?! Infelizmente, não.
Promissor… O programa tentara abordar mulheres em posição de destaque numa área conceitualmente masculina: Operações Especiais [O que é no mínimo ambicioso]. Taylor até arregimentou ‘nomes de peso’ para integrar a série, como Nicole Kidman (“Aquaman”) e Zoe Saldana (“Avatar: O Caminho da Água”), mas o resultado não foi agradável. Faltou sororidade. Faltou texto e sobrou fragilidades em cada nova etapa apresentada. Escancarando, portanto, a imensa dificuldade apresentada por Sheridan em desenvolver, aprofundar personagens femininas [algo já criticado anteriormente].
Mas estes não foram os únicos pecados de Taylor em “Operação: Lioness”, a série da MTV Studios conviveu com uma dualidade “rasa” – o que fatal para algo do gênero -. Qualquer que fosse o apoio para a funcionalidade da obra era minguado e sem vida [a real missão foi um problema]. Para ser bem honesto, a única parte interessante da trama era quando se envolvia os embates familiares de Joe (Saldana). Fora isso, era impossível não enxergar a série como um desperdício de tempo e energia. Para endossar esse argumento trago o final desastroso, confuso, corrido e sem alma.
Se o roteiro sofreu horrores, a direção apenas retransmitiu todo e qualquer embaraço. A escolha de câmeras, em alguns momentos, eram equivocadas. Aliás, dos conceitos técnicos, apenas o designer de produção se sobressaiu ligeiramente bem, os demais atingiram a esfera do “comum”.
As atuações foram razoáveis, mas com um roteiro “ruim” é claro que não teríamos boas respostas. Porém, a atriz Laysla de Oliveira conseguiu um feito inimaginável, sair menor do que entrou. Ela não soube lidar com protagonismo, não teve simpatia nem a performance ideal e falhou vertiginosamente.
Apesar das várias possibilidades, a primeira temporada de “Operação: Lioness” foi inferior ao esperado. A expectativa não foi inteiramente preenchida. O programa falha em várias aspectos, principalmente no texto. Portanto, que não mereçamos um novo ano.
Nessa ânsia em criar novos universos, talvez até tão bons quanto Yellowstone, Taylor Sheridan esteja “exagerando” e dando passos largos demais, se desgastando até. Pois, no cinema, nada corrido é bom, a arte ela precisa tempo para ser criada, ser apreciada, a começar por um belo texto, coisa que não vimos, infelizmente, aqui. Será que ele não precisa buscar inspiração para uma próxima etapa não?! Porque aqui restou cópias malformadas de outros do produtos do gênero.
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